28 de fevereiro de 2008

Efemérides

Se há factos relevantes que têm que ser comemorados, também essas efemérides têm que ser lembradas, anda para mais quando fazem parte daquilo que fomos e do que nos tornámos.

Não sei se por um acaso, ou pelo facto de, 4 em 4 anos, o mês ter 29 dias, Fevereiro parece ter algumas particularidades e algumas celebrações que nos fazem parar e saborear.


Comecemos pelos 20 anos da TSF, uma rádio-notícias que se tornou a minha companhia diária durante as intermináveis horas no trânsito. De vez em quando aborrecem, especialmente quando não existem notícias frescas, motivando constantes repetições de já saturadas entrevistas e comentários. Mas, habitualmente, é uma excelente companhia! Desde 1990/91 que acompanho regularmente esta estação, tudo devido à excelente cobertura que fizeram da I Guerra do Golfo, batendo aos pontos as várias televisões que, nem com a imagem conseguiram ser tão expressivos. Depois, os relatos dos jogos de futebol feitos pelo incontornável Jorge Perestrelo - ganharam outra dimensão, vivacidade e emotividade. Por último, para não ser muito extenso, para mim uma das melhores rubricas radiofónicas de sempre, todos os dias às 08h50, "Sinais" do jornalista Fernando Alves.


E passamos para a música e para as comemorações dos 25 anos do album mais vendido no mundo: Thriller, de Michael Jackson. Goste-se ou não, este disco marcou uma geração e principalmente os ritmos das festas que frequentava na altura. As festas de garagem já tinham acabado para nós. Na altura, já adolescentes com muita liberdade, frequentávamos as festas dos Carecas e da JC, onde, para além de outras grandes músicas, dançávamos ao som deste álbum. E se não fosse numa festa, arranjávamos forma de a cantar e dançar, como naquela madrugada em que um bando de Santamarotos saiu da casa do Gonçalinho e "fez-se à estrada", mais concretamente na Rua José Falcão, e tentou recriar a dança dos zombies até casa do Bruno CR - ainda não havia o Nº1, porque senão tinha sido até aí.

Numa outra dimensão, mas também na música, vou destacar um artista português: Tony Carreira, que celebra 20 anos de carreira. O impressionante é a capacidade deste artista em encher, em dois dias consecutivos, o Pavilhão Atlântico. É de facto um "case-study" da música popular portuguesa e todos os anos a mesma cena repete-se. Mais uma vez, goste-se ou não.


Por último, o 2001, muito justamente conhecido como a Catedral do Rock, que nos vai dando música (boa) há 35 anos. E hoje é dia de festa BACK TO CRAZY OLD TIMES, (cliquem para ver o filme no youtube) às 23h23. Para quem não conhece ou só conhece há pouco tempo, que leiam ainda hoje o livro do Manuel Arouca, "Filhos da Costa do Sol", onde o quotidiano dos jovens da Linha, dos anos 70, se confunde com o 2001. Leiam e depois saiam para a noite, rumo ao Autódromo para dançarem até de manhã.

Quem se lembre de mais efemérides coloque-as aqui em baixo nas "santamarotices".

26 de fevereiro de 2008

É de pequenino...

Diz o velho ditado (há novos??) que é de pequenino que se torce o pepino e alguns de nós, sempre fiéis às tradições, decidimos, no passado fim-de-semana, subir a Serra da Estrela com os nossos filhos, na esperança de lhes proporcionar dois dias de neve e brincadeira.

Da neve, conseguimos todos vê-la, mas só dentro do carro, porque o nevoeiro e a chuva eram tão cerrados, que não nos livraríamos todos de uma bela constipação, mesmo que equipados a rigor, como todos estávamos.

Mas se o temporal pregou-nos uma partida, o que foi mais importante é que sete crianças e onze adultos conviveram e passaram um belo fim-de-semana, onde nada faltou e onde as crianças brincaram até à exaustão. Dentro daquilo que foi possível, o fim-de-semana foi inteiramente dedicado aos nossos filhos, os quais, mantendo mais uma tradição Santamarota, eram todos do sexo masculino - um dia ainda farei um post sobre o facto de as várias gerações de Santamarotos serem compostas mais por homens do que por mulheres...

O alto patrocínio desta viagem ficou a cargo do Manel A.B., que mais uma vez disponibilizou a casa da família para albergar, comodamente, 18 pessoas. Muito obrigado.

Prometemos todos voltar, talvez no Verão - porque o Inverno tem sido o causador de algumas infelicidades - e aproveitarmos os poços naturais de água corrente e deleitarmo-nos com uns belos churrascos!

21 de fevereiro de 2008

O que andam os Santamarotos a fazer?

Há já algum tempo que pensava em iniciar este capítulo sobre as actividades profissionais dos Santamarotos, um pouco à imagem de uma lista de classificados. Quantas vezes já desesperámos na procura, por exemplo, de um electricista, de alguém que passe a ferro, de alguém que dê aulas de yoga naquele horário que mais nos convém. Enfim, coisas corriqueiras que, muitas vezes, fazem do dia-a-dia profissional de outros Santamarotos e nós nem nos lembramos ou não sabemos.
Como primeiro capítulo desta rubrica, e tomando desde logo a preferência pela iniciativa privada, nada melhor começar com a "Purificação do corpo"... Já muitos conhecem, já muitos são verdadeiros aficionados e muitos outros poderão vir a ser. Eu também já experimentei e posso-vos dizer que nessa noite dormi completamente ferrado, num sono profundo, sem interrupções e que no dia seguinte acordei impecavelmente.

É óbvio que "uma sessão não faz a Primavera", mas estas sessões têm óptimas vibrações e óptimos resultados, especialmente porque o organismo não está a receber quaisquer tipos de químicos, antes liberta toxinas e outras coisas que podem ler no panfleto que acima se reproduz.

Quem está à frente desta "iniciativa privada" é o Kiko Monte Pereira e quem não tiver os contactos poderá encontra-los no panfleto ou no novo espaço aqui na coluna ao lado.

13 de fevereiro de 2008

Nasceu a Maria do Rosário

Oriunda do eixo Carcavelos/Bruxelas (sendo que no meio está Santo Amaro de Oeiras) nasceu a Maria do Rosário, filha do carcavelinho mais Santamaroto de todos.

O Bilhas, apesar de não dar conta dos pormenores - tipo peso, altura e outras coisas mais banais - e depois de ter visto a grandiosa exposição do Sport Lisboa e Benfica, que por estes dias decorre no Parlamento Europeu, encontra-se, com certeza, radiante... e todos nós também!

Aos três fica aqui registado o desejo de muitas felicidades e não ponham a menina a falar aquele dialecto estranho que confunde a "água de robinete" e a "l'eau da torneira"

8 de fevereiro de 2008

CARTA ABERTA AO DIOGO


Querido Amigo Diogo,

Chegámos bem a este nosso cantinho, numa viagem sem sobressaltos e poucos atrasos, algo que já vai sendo raro com a TAP. A semana em Jeri, a qual não pudeste estar presente correu super bem: seguimos todas as tuas indicações gastronómicas – o da Vinci, a cocada da D. Maria, o almoço no Mosquito Blue, etc. – bem como o roteiro de compras...

Mas é sobre a nossa primeira semana que agora interessa falar. Foste um anfitrião de “mão-cheia”, deste-nos a conhecer um Brasil que a maioria não conhecia – um Brasil totalmente selvagem, com paisagens deslumbrantes. Deu para perceber a riqueza desta terra, que os brasileiros (com razão) dizem que foi abençoada por Deus, tal é a diversidade de plantações sem qualquer ordenamento e onde a água doce sempre chega. É de facto incrível como, a uma curtíssima distância metros do mar, é possível fazer um furo de poucas dezenas de metros e encontrar água doce. Vi isso em Jeri... Deu também para perceber as clivagens culturais deste imenso país e a influência que o turismo vai tendo (onde já chegou) nas pessoas e nos seus pequenos povoados. O melhor exemplo encontrámos todos em Atins (na foz do Rio Preguiças), junto aos Lençóis Maranhenses, no Restaurante da Luzia: como é que um povoado, de meia dúzia de casas, perdido num imenso descampado rodeado de dunas, onde o sol queima sem piedade, encontra-se um restaurante onde se podem comer uns (melhores?) camarões grelhados (de sempre)? Se não foram os melhores que todos nós comemos até hoje, andaram lá muito perto!

Mas foi a vossa Fazenda que ultrapassou todas as expectativas. Quem já vos ouviu falar e não teve a sorte de conhecer esse pedaço de terra, nunca terá a mínima noção da verdadeira dimensão da vossa obra. Encaixada no maior delta da América do Sul e terceiro mundial (os outros são o delta do Nilo e do Mekong), a Fazenda dos Salgados é um verdadeiro hino à vossa perseverança e empreendimento, pois de um pedaço de terra sem nada, vocês construíram um projecto de vida à vossa imagem e semelhança. Tivemos todos o privilégio de ter estado nessa casa fabulosa – desenhada pelos dois -, erigida em tempo recorde, onde nada nos faltou e ouvir as tuas estórias, lutas e conquistas. Foi bom, muito bom mesmo, e termos estado nesse mesmo ambiente deu para perceber ainda melhor tudo aquilo que tanto tu como a Madalena puseram neste empreendimento.

Mais uma vez, muito obrigado por teres organizado tudo com imenso carinho e de, principalmente, nos termos reencontrado. Que tudo corra pelo melhor e se assim for a vossa vontade (como tudo indica) que regresses quanto antes pois todos nós sentimos a tua falta.

Aquele abraço