Não sei se por um acaso, ou pelo facto de, 4 em 4 anos, o mês ter 29 dias, Fevereiro parece ter algumas particularidades e algumas celebrações que nos fazem parar e saborear.
Comecemos pelos 20 anos da TSF, uma rádio-notícias que se tornou a minha companhia diária durante as intermináveis horas no trânsito. De vez em quando aborrecem, especialmente quando não existem notícias frescas, motivando constantes repetições de já saturadas entrevistas e comentários. Mas, habitualmente, é uma excelente companhia! Desde 1990/91 que acompanho regularmente esta estação, tudo devido à excelente cobertura que fizeram da I Guerra do Golfo, batendo aos pontos as várias televisões que, nem com a imagem conseguiram ser tão expressivos. Depois, os relatos dos jogos de futebol feitos pelo incontornável Jorge Perestrelo - ganharam outra dimensão, vivacidade e emotividade. Por último, para não ser muito extenso, para mim uma das melhores rubricas radiofónicas de sempre, todos os dias às 08h50, "Sinais" do jornalista Fernando Alves.
E passamos para a música e para as comemorações dos 25 anos do album mais vendido no mundo: Thriller, de Michael Jackson. Goste-se ou não, este disco marcou uma geração e principalmente os ritmos das festas que frequentava na altura. As festas de garagem já tinham acabado para nós. Na altura, já adolescentes com muita liberdade, frequentávamos as festas dos Carecas e da JC, onde, para além de outras grandes músicas, dançávamos ao som deste álbum. E se não fosse numa festa, arranjávamos forma de a cantar e dançar, como naquela madrugada em que um bando de Santamarotos saiu da casa do Gonçalinho e "fez-se à estrada", mais concretamente na Rua José Falcão, e tentou recriar a dança dos zombies até casa do Bruno CR - ainda não havia o Nº1, porque senão tinha sido até aí.
Numa outra dimensão, mas também na música, vou destacar um artista português: Tony Carreira, que celebra 20 anos de carreira. O impressionante é a capacidade deste artista em encher, em dois dias consecutivos, o Pavilhão Atlântico. É de facto um "case-study" da música popular portuguesa e todos os anos a mesma cena repete-se. Mais uma vez, goste-se ou não.
Por último, o 2001, muito justamente conhecido como a Catedral do Rock, que nos vai dando música (boa) há 35 anos. E hoje é dia de festa BACK TO CRAZY OLD TIMES, (cliquem para ver o filme no youtube) às 23h23. Para quem não conhece ou só conhece há pouco tempo, que leiam ainda hoje o livro do Manuel Arouca, "Filhos da Costa do Sol", onde o quotidiano dos jovens da Linha, dos anos 70, se confunde com o 2001. Leiam e depois saiam para a noite, rumo ao Autódromo para dançarem até de manhã.
Quem se lembre de mais efemérides coloque-as aqui em baixo nas "santamarotices".