21 de julho de 2008

Artur: estórias que fazem a História dos Santamarotos

By Miguel Calado:

Só algumas ( pequenas )histórias do Animal :) para a posteridade e para quem não o conheceu...

Vejam o calibre:

Com 18 anos eu e uns quantos Santamarotos fomos à inspecção para a tropa a Setúbal com uma directa depois de mais uma noite de maluqueira. O Artur,como sempre, não perdia uma noite com os amigos mesmo que seguir eles fossem fazer uma coisa que só para o ano ele faria, porque era 1 ano mais novo que nós. Depois de fazermos (acho que éramos 6) a auto-estrada a fundo no meu Citroen AX 11 TRE chegámos a Setúbal e entrámos no quartel e, quando demos por nós, tinhamos o Artur ao nosso lado tb a fazer a inspecção. Resumindo, fez a inspecção em nome de um gajo qq chamado Vasco que não apareceu e quando deram por ele desatou a fugir pela parada fora a bater com os calcanhares no rabo. Foi de chorar a rir e parece que foi ontem...

Outra. Quando tirei a carta pedi o AX ao meu Pai e eu e ele fomos para o Algarve passar o FDS mas quando demos por nós estávamos em Marbella com umas espanholas num bar. Entretanto separámos-nos, vai-se lá saber por quê :), e quando cheguei ao carro estava o Artur a dormir de Boxers com o " capitão barba ruiva de fora" (era o nome que ele lhe dava e como era público espero não estar a ferir susceptibilidades). Eu deitei-me no andar superior, ou seja no banco de trás do carro, e de manhã quando acordo, havia para ai 10 pessoas à volta do carro a apontar e a rir desalmadamente... devem saber porquê... Esta viagem acabou passado 12 dias e percorremos Espanha do Sul até ao Norte, Gerês e viemos por ai a baixo. Foi demais...

E quando o gajo subiu as escadas e entrou de VF400 no café...lol


By Kiko Barahona:

Pois eu percorri o país inteiro com ele, nas nossas queridas hondas nsr...sempre a fundo. Este malandro tinha a mania que os travões da mota serviam para embelezar as jantes e curvava como ninguem (as vezes curvava para cima de alguem!!!!).
A esta hora ainda deve de estar retido "á porta do 2001" a rever as maluqueiras com o são pedro...
O melhor é passarmos a reunir no 4 de julho para, alem de irmos visitar o nosso amigo a igreja, conviver-mos numa grande jantarada para nos rirmos do "cenoura"...
ps - Vou a esquadra de oeiras pedir depoimentos e averiguar autos para ter mil e uma éstorias para contar, he,he,he...

De repente a roda da mota bate num monte e o rapaz e a mota voam uns 10 m no ar.
Nos so diziamos que granda maluco, o tipo é doido. È claro que era o grande Artur, que mais justificava-se " só parti uma clavicula".

Para o anonimo calado, acho que todos temos histórias do Artur,
vamos conta-las.

By Rita Lobo,

O meu artur enchia uma casa! Era um farol; estava sempre presente para todos. O meu Artur admirava muito os irmãos, e os Amigos. Fosse qual fosse o problema, lá estava ele.
O meu Artur ia buscar-me, sempre que lhe ligava...
O meu Artur sempre soube e muito bem, fazer a ponte entre todos os irmãos.
Adorava os sobrinhos e sobrinhos-netos ( como ele dizia: "já sou tio-avô").
O meu Artur não dava importância a bens materiais; se tinha tudo bem, se não tinha também não havia problema.
O meu Artur deu-me uma lição ( entre outras...), que é melhor aproveitarmos esta Vida, da melhor maneira, e não dar muita importância a problemas menores.
O meu Artur, deixou-me descalça e triste
O meu Artur chamava-me de "Velha".
Tarde demais para ser eu o seu Farol; tarde demais para eu o apoiar!
Cedo demais que foste embora!
Fica uma dor dentro de nós, fica um nó no peito; fica sempre uma lágrima no canto do olho.
Um beijinho ao meu Artur.
Da tua sobrinha que Sempre gostou muito de ti.
Para Sempre!

By Catarina Lobo:

Foi através do Artur, que soube do vosso Blogue que ideia genial. Agora através de voces parece que estou mais perto do Artur. Todos os dias quando começo a trabalhar as primeiras coisas que faço é entrar no vosso site para ver se há alguma mensagem ou mais alguma historia do Artur para rir com as suas loucuras.
Beijinho Catarina

By Mico:

Todos os "Santamarotos" que frequentam a Marquesa conhecem as minhas longas conversas com o Artur sobre um assunto que ambos partilhávamos com enorme paixão - os automóveis. São incontáveis as horas que passei com ele a dissertar sobre estas matérias, que adorávamos, mas que a todos vocês deixava com a paciência à razão de juros... 
Quando o meu irmão (Pité) me telefonou a dar a notícia fiquei incrédulo. O Artur tinha-me ligado na semana anterior (a meias com o Gonçalo Lobo) para saber a minha opinião sobre a compra de um carro para o irmão... Tudo isto, e o resto das nossas vidas - conheço o Artur desde miúdo - me passou pela memória como um "flash".
Como é que é possível ter acontecido uma coisa destas sem me ter dado conta desta fragilidade (?), sem ter conseguido (pela enésima “x10^6” vez) chamar a atenção para o perigo e para as consequências de determinadas condutas de vida.

Teria imenso a acrescentar sobre o que já aqui foi escrito acerca do Artur, mas efectivamente, ainda não consegui ultrapassar o choque que senti com a notícia da sua morte.

À Catarina, que já não vejo à muito tempo, com saudade, gostaria de reiterar a enorme adoração que o teu irmão tinha por ti, expressa, entre outras formas, nas constantes referências à importância que tinhas na sua vida, ao exemplo que lhe prestaste, sem que, porventura, tenhas tido consciência da dimensão e importância que tinhas na sua vida.

Também, ao Sr. Zé (da Marquesa), a quem o Artur tratava carinhosamente por “avô Zé”, pela enorme tristeza e abalo que sente pela perda de um “freguês” – chato como-à-potassa – mas que tratava como um verdadeiro “neto” e que sei que não irá conseguir reparar este vazio sem a nossa ajuda.

Adeus Artur, um grande bem-haja na tua nova vida.


By Nicolau:

Viagem a Évora de 2005.
Umas semanas antes do meu casamento, desafiei os meus amigos SantaMarotos a irmos beber um copo a Évora. Marcámos Hotel e fretámos um Bus. Combinámos arrancar da Marquesa às 10h. Minutos antes da partida, já com o Bus atestado de Minis, aparece o Artur e o seu Grande Amigo Kamikase directos da noite... ou seja, com pelo menos 12 horas de copos em cima. Muito educadamente, pediu-me o Artur que os deixasse seguir viagem com o grupo. Entraram no Bus e foram literalmente a cantar ao microfone até Évora... Um dos momentos mais hilariantes da viagem, às 10h em plena Ponte 25 de Abril, o Artur mete aos mãos à cabeça e diz: "...Fo####, não posso ir! Combinei ir trabalhar com o meu irmão!". Rapidamente o convencemos a fazer o telefonema e a seguir viagem. No Kardódromo, e dada a imensa bebedeira dos nossos amigos, pedi à organização que lhes fizesse o teste do balão. Óbviamente que rebentaram os mínimos olímpicos e não entraram em pista... Mea Culpa Artur.

4 comentários:

Anónimo disse...

Querido Irmão,
Neste momento de dor, recordamos com saudade a tua enorme amizade e a tua magistral lição de vida que deste a todos nós.

Até um dia em que nos voltaremos a estar juntos

Pipa disse...

Numa noite estava a falar com um Artur sobre um livro que eu lia na altura, que me estava a dar seca e estava quase a desistir. O Artur com o seu bom humor ensinou-me um truque "vais passando 2 ou 3páginas até voltar o interesse"...
É o que eu faço quando estou a apanhar grandes secas viro 2 ou 3 páginas...

Grande dica Artur, um grande beijinho e descansa em Paz.

Anónimo disse...

Escrevo estas linhas para vos agradecer do fundo do coração, a amizade, a ternura, o companheirismo, e o amor que tinham pelo meu irmão Artur. Obrigada por me ensinarem (ainda hoje...) que precisamos de outros seres, que nos ajudem a construir pontes de comunicação afectiva, que nos estimulem o coração, e o tornem Maior.

Obrigada por me ajudarem nestes momentos de dor, de noite escura, de solidão maior, a não ter medo, a não os negar, mas para os aproveitar e descobrir que o final da vida terrena não é o fim do amor.

O amor, o verdadeiro, não tem fim, precisamente porque a vida é eterna.

Tantos dias passados sobre a tua ausência, e ela sempre tão presente. Acredito na presença do meu irmão Artur, no meio de todos nós, porque o amamos e admiramos, e mesmo sem ser visto, sabemos que ele continua nos nossos corações, para lá da grande curva da estrada.

Beijinhos, obrigada a todos vós,
Neca Lobo

Anónimo disse...

Catarina, muitos parabéns!

Um beijinho,

Rita Navarro Caeiro